quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

DELEGADO CRISTIOMÁRIO INFORMA: 708 VAGAS PARA O IHBDF

Seleção para contratar 708 funcionários para 

IHBDF sai semana que vem




Vagas serão destinadas a enfermeiros, técnicos e médicos. Salários podem chegar a R$ 16 mil, no regime celetista

As contratações para o Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF) devem começar na próxima semana, provavelmente na sexta-feira (19/1). A expectativa é de que 708 vagas sejam abertas para o quadro de pessoal da maior unidade da rede pública de saúde da capital do país. Com o novo modelo de gestão, os funcionários serão contratados por processo seletivo simplificado no regime CLT (celetista). Ou seja, não serão servidores públicos com direito à estabilidade. Os salários podem chegar a R$ 16 mil.
As vagas serão destinadas a enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos nas áreas de anestesia, cirurgia de trauma, emergência, clínica médica e nefrologia. A escolha será feita em duas etapas por banca organizadora reconhecida na capital: o Cebraspe (Cespe/UnB). Pelo cronograma, as provas — geral e técnica — devem ser aplicadas no dia 25/2. A contratação está prevista para a última semana de março.
O processo deve ser concluído em um mês. Dos 708, 495 substituirão os servidores que pediram remanejamento e os outros 213 trabalharão para a abertura de 107 leitos fechados no hospital.

O IHBDF entrou em funcionamento nesta sexta-feira (12/1) com uma meta ambiciosa para 2018: aumentar a produtividade em 20%, a partir da média dos últimos três anos. Para isso, vai contar com um quadro de pessoal formado por servidores que ficaram na unidade (85%) e novos profissionais.
Com a mudança, processos como compra de medicamentos, contratação de pessoal e manutenção de equipamentos será mais ágil. O orçamento, porém, deverá ser o mesmo: R$ 602 milhões. Segundo a Secretaria de Saúde, do total de gastos da unidade atualmente, 82% são destinados ao pagamento de salários dos 3.500 servidores, pouco sobrando para a compra de equipamentos, medicamentos e outros itens indispensáveis para melhor atender a população brasiliense. Um dos principais motivos da mudança é alterar a relação receita/despesa.
Pelos cálculos do GDF, a folha de pagamento, contando os antigos servidores e os novos contratados via CLT, será de R$ 450 milhões. Devem ser realizadas ao menos 290.193 consultas médicas especializadas e 9.223 cirurgias. O Conselho de Administração promete mais e quer reabrir, neste primeiro semestre, 117 leitos.

Regras

Os regulamentos próprios de contratação de pessoal e de compras da unidade têm pontos polêmicos. Um deles é a dispensa de processo seletivo na contratação de pessoal. O capítulo V, por exemplo, prevê que cargos de direção, assessoramento, gerência, supervisão e outras formas de chefia são de livre nomeação, podendo gerar uma espécie de “apadrinhamento”.
A desobrigação também está prevista em “casos de urgência”, na contratação de profissional de “notória especialização”, para atendimento a “plantões extras e sobreaviso” e quando não houver interessados no recrutamento. O Instituto também não será obrigado a fazer licitação para a compra de materiais e a contratação de serviços.
As restrições na gestão de pessoal e de recursos para manutenção dos serviços foram os motivos que levaram o GDF a propor a criação do Instituto. Com regras mais flexíveis, a expectativa é de que o reforço no quadro de pessoal, a compra de equipamentos, a realização de obras e até mesmo a demissão de funcionários que não sejam produtivos se tornem mais céleres.
Segundo a Secretaria de Saúde, as normas foram baseadas em modelos de Serviços Sociais Autônomos (SSA) do país, como a Associação das Pioneiras Sociais — que administra a Rede Sarah Kubitschek — e as instituições do Sistema “S” (Sesi, Senai, Senat e Sebrae) em âmbito federal.


Felipe Menezes/Metrópoles

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